PAINEL ELETRÔNICO

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

CAPACITAÇÃO DE SEMENTES RESGATA O “OURO DA TERRA”



Ouro da Terra é a denominação direcionada as sementes crioulas, ou sementes da paixão, também conhecidas pelos agricultores como simplesmente, sementes boa. Esta temática foi refletida durante a realização das capacitações sobre casas de sementes, que aconteceram nas comunidades de Maxinaré, Malhada de Dentro e P A Alagoinha, no município de Currais Novos, Estado do Rio Grande do Norte.  Executada pela ATOS, via Programa P1+2 ( Uma  Terra e duas águas).
 Os cursos sobre casas de sementes foram muito importantes para resgatar, entre as famílias das comunidades, histórias da forma de produção. Por isso envolveu bastante os participantes, “Falar de sementes, traz lembranças de bons tempos da agricultura, quando a gente tinha o costume de guardar as sementes e por isso se plantava na hora certa. Hoje sou um dos poucos desta comunidade que tenho minhas senmentes guardadas e isto muito me orgulha.”. Disse seu José Victor, da comunidade de Maxinaré.
  A semente crioula hoje é muito pouco encontrada entre os agricultores das comunidades, por isto é que se diz: Quem guarda sementes crioulas tem “ouro”. A semente crioula é o ouro da Terra. Entre as 30 famílias participantes apenas 06 pessoas afirmaram armazenar sementes. Segundo o Técnico Luiz Monteiro, vários depoimentos deixaram explicito que o costume de armazenar sementes, foi se perdendo em razão dos agricultores esperarem as sementes doadas pelos governos. Mas, que durante estas capacitações reconheceu-se que esta prática tem sido prejudicial ao desenvolvimento dos plantios de sequeiros, pois as sementes doadas não garantem a qualidade e ainda não estão disponíveis no tempo necessário para a realização do plantio.
 Em 2013, a comunidade de Maxinaré, fará o resgate das sementes crioulas.  30 famílias estão comprometidas com o plantio para produção e armazenamento das sementes. Seu José Victor fará a doação de 1 kg de semente para cada uma destas famílias.Ao final da colheita, Será devolvido um quilo e meio de sementes. Seu José Victor receberá de volta o quilo de sementes emprestada e meio quilo será repassado para a Associação, consolidando assim a casa de sementes.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

HOJE FESTA DA TERRA VIVA.



            Parabéns a esta iniciativa e a todos e todas que contribuíram e contribuem com a existência desta importante instituição que é pioneira na prestação dos serviços de Assessoria Técnica na região Oeste do Estado do Rio grande do Norte.

           Profissionais como Ronaldo Valência, Alcivan Viana, Rosane Gurgel, Fernando Marques, Genaldo Bandeira, Jacó Neto e Isabel Mota, participaram da história da Terra Viva e também da  ATOS.  E por isto a equipe ATOS,  tem ciência de que muito do aprendizado  acumulado por estes profissionais, a partir da vivência na Terra Viva, contribuíram na formação da instituição ATOS.

        Externamos   nosso respeito e sinceros votos para que a Terra Viva continue contribuindo com a difusão de ações para o fortalecimento da agricultura familiar.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

INTERGRANTES DO COMITÊ ESTADUAL DE APICULTURA REUNEM-SE EM CARAÚBAS


 Esta acontecendo, no auditório da ATOS, na cidade de Caraúbas, a 7ª  reunião ordinária mensal do Comitê Gestor Estadual da Apicultura. Estão presentes neste evento dezenas de apicultores dos municípios de Mossoró, Nísia Floresta, Alto do Rodrigues, Portalegre, São João do Sabugi e Caraúbas. Bem como representantes das instituições  SEBRAE – Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas ; FARN -  Federação da Apicultura do RN e da  ATOS- Assessoria, Consultoria e Capacitação Técnica Orientada e Sustentável.
  O Comitê Gestor da Apicultura  é coordenado pelas instituições: SEBRAE, na pessoa de Leccy Carlos Gadelha e FARN,  através do seu representante: Giomar Neves. É um órgão que socializa, avalia, propõe e monitora ações relacionadas ao desenvolvimento apícola no Estado do Rio Grande do Norte.
 Nesta reunião o grupo de participantes esta deliberando sobre critérios de funcionamento do Comitê, Informações sobre processos de registros de casas do mel e comercialização do mel da abelha. O evento encerrará com uma visita ao projeto de Assentamento Santa Agostinha.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

FETARN COMPLETA MEIO SÉCULO DE EXISTENCIA


A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte – FETARN, a maior entidade representativa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais potiguares completa 50 anos de existência. Para festejar esta honrosa existência, a  diretoria estará realizando neste dia 28 de novembro de 2012, a partir das 18 horas, na cidade de natal/RN, uma cerimônia que contará com a presença de lideranças sindicais e entidades parceiras do movimento sindical.
A FETARN, foi legalizada na década de 60. É a primeira entidade sindical camponesa de caráter estadual legalmente reconhecida. Nasceu, em um momento crítico da história do país onde os camponeses eram drasticamente expulsos das suas terras. Resistiu ao regime imposto pelos militares e vem ,ao longo dos anos, contribuindo para a existência e preservação dos direitos dos agricultores e agricultoras: garantindo e visualizando o reconhecimento da agrilcultura familiar, enquanto um importante setor de desenvolvimento do país.
A FETARN, conta com 164 STTRs ( Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais) e manteve-se sempre filiada a Confederação Nacional dos Trabalhadores Nacional na Agricultura – CONTAG. Desta articulação surgiram as maiores conquistas históricas para a agricultura familiar e assalariada nacional ao longo deste século. E é por isto que alegremente reproduzimos a mais recente destas conquistas e que atende a atual necessidade das famílias agricultoras que estão afetadas pela estiagem:

terça-feira, 27 de novembro de 2012

FETARN conquista prorrogação do CREDITO ESTIAGEM

A CONTAG e as Federações de Trabalhadores na Agricultura do NE, inclusive, a FETARN estiveram reunidos com o Ministério da Agricultura e Secretaria Geral da Presidencia da República, no ultimo dia 22/11, onde foram discutidas medidas emergenciais para enfrentamento dos efeitos da estiagem.

Dentre as principais podemos destacar a prorrogação do Crédito Estiagem com a contratação até 28 de fevereiro de 2013, que através da Resolução do CMN 4.177/2012, ocorreu a definição deste novo prazo para que mais agricultores possam acessar o crédito e tentar salva os seus rebanhos e permanecer na atividade rural.

O Governo Federal comprometeu-se, ainda, em ampliar a oferta de milho através de venda de balcão da CONAB, ampliação dos abastecimento d´água e outras medidas que venham a amenizar as consequencias da falta de chuvas.

Marcos George



terça-feira, 27 de novembro de 2012

EXPOSITORES E EXPOSITORAS DE CARAÚBAS AVALIAM VIII FENAFRA


No período compreendido entre 21 a 25 de novembro, uma comitiva constituída pelas agricultoras Wennia Patrícia, Luzia Costa e o Técnico da ATOS Robson Luiz, representaram a agricultura familiar do município de Caraúbas na VIII Feira Nacional da Agricultura Familiar (FENAFRA), que aconteceu no município do Rio de Janeiro-RJ.

A Feira Nacional da Agricultura Familiar é uma iniciativa do Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que vem proporcionando uma maior visibilidade do potencial da agricultura familiar em âmbito nacional e favorecendo a comercialização de variados produtos.
O município de Caraúbas destacou-se na exposição de cosméticos produzidos a base de mel de abelha, bem como de docerias diversas. Esta VIII edição da FENAFRA trouxe muitos resultados positivos para a agricultura familiar Caraubense. Pois, mesmo tendo sido antecipado o término do evento, 90% dos produtos expostos nos estandes Caraubenses foram comercializados. O técnico Robson Luiz ressalta a preferência pelos cremes esfoliantes e cremes para barbear a base de mel de abelha produzidos no Assentamento Santa Agostinha, e a rapadura de caju e mel de caju das Comunidades de Galho do Angico e Pedra I. Estes produtos são um sucesso.



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Arroz orgânico produzido no Vale do Apodi é tema de cursos de Agroecologia

Estudantes de Agronomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido e de Agroecologia do IFRN, Campus Ipanguaçu, estão tendo a oportunidade de conhecer o cultivo de arroz orgânico e variedades com experimentos realizados por pesquisadores da UFERSA e da Embrapa. Os cursos acontecem nas comunidades rurais de Santa Rosa e Baixa Fechada, localizadas no município de Apodi. Na semana passada, duas visitas foram realizadas e mais duas estão programadas para a próxima semana.

A proposta, afirma o professor da UFERSA Neyton Miranda, é mostrar para os estudantes as Unidades Demonstrativas de Arroz Vermelho Orgânico, bem como apresentar dados sobre o Ensaio de Cultivares de Arroz Vermelho. Para o Professor, que coordenado o Projeto no Vale do Apodi, atividades como essa tem o objetivo de transferir para estudantes de ensino técnico e superior conhecimentos sobre os estudos desenvolvidos, para reduzir impactos ao meio ambiente, além de desenvolver alternativas que promovam o desenvolvimento sustentável nas esferas econômica, ambiental e social.

O curso possibilita ainda a difusão de tecnologias sobre a cultura do arroz orgânico para as famílias agricultoras do Vale e de outros municípios. Na ocasião, são realizadas rodas de conversas sobre o sistema orgânico de produção de arroz vermelho e as formas da áreas. "A proposta é promover o debate de vários temas, entre eles, a organização da comercialização da produção, custo da produção, logística do produto, assessoria técnica, importância da cultura para região, políticas publicas voltadas para o desenvolvimento da cultura em sistema orgânico", ressalta Neyton Miranda.

O projeto que está sendo desenvolvido pela UFERSA, numa parceria com a Apava, Embrapa, STTR e Seapac, dando seqüência a um trabalho de pesquisa participativa que surgiu de demandas das comunidades iniciadas a partir da criação da Associação dos Produtores de Arroz do Vale do Apodi - APAVA, em 2005. Dissertações de mestrado, monografias e até mesmo Tese de Doutorado já foram desenvolvidas com essa temática. De acordo responsável técnico pelo Projeto, o agrônomo e bolsista do CNPq, José Flaviano B. de Lira, o desafio da universidade, é tornar o RN o maior produtor de arroz Vermelho em sistema orgânico de produção. "É uma forma a melhorar a sustentabilidade das famílias", acredita Flaviano Lira. Outro fator favorável está relacionado às condições climáticas e disponibilidade de água, que favorecem o cultivo em dois períodos do ano.

Na próxima terça-feira, 20, a experiência vivenciada em Apodi com o arroz orgânico será apresentada a turma do quarto ano de Agroecologia de Ipanguaçu e, no dia 28 de novembro, o projeto recebe a visita dos integrante do Núcleo de Agroecologia da UFERSA, coordenado pela professora Vânia Porto. 
Fonte: http://www.correiodatarde.com.br





quinta-feira, 22 de novembro de 2012

AGRICULTORES/AS DE CARAÚBAS - RN REJEITAM CISTERNAS DE PLÁSTICOS

Oi pessoal,
Informamos que também publicamos uma matéria, que  consta no link http://www.diaconia.org.br/novosite/midia/int.php?id=428
Essa matéria chegou ao Globo Rural e ontem eles fizeram reportagem nos dois municípios: Caraúbas/RN e Alexandria/RN, cujos gestores e sociedade, rejeitaram as cisternas de plástico. Atribuímos esse resultado, a campanha que ASA tem promovido e aos debates que estão acontecendo na microrregião.

Aproveitamos para convidar a todos/as, a ser fazerem presentes no dia 23.11 em Caraúbas/RN para um Seminário, onde estaremos expondo os prejuízos que estas cisternas trazem para o semiárido. Estamos convidando Gestores Municipais, Sindicados dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Agricultores/as, Federações, Igrejas, ASA Potiguar e você.

Nos encontraremos lá!

Viva o semiárido!

Leonardo Freitas
UGM D I A C O N I A - Coordenador
Fixo: 84 3397-2665
Skype: fleonardodeandradefreitas

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CORDEL SERTÃO DE JOVENS


A Comunicação

O PA Santa Agostinha
Usa a comunicação,
Elemento essencial
Da bo dedicação,
Uma fonte inesgotável
De bela informação

Informação toda hora
Nos ajuda a debater,
Dialogar, discutir,
E muita idéia ter
Sobre a comunicação,
Que deve prevalecer.

Com ela a nossa mente
Está muito bem preenchida
Cheia de detalhes plenos
Que ajuda na partida
Onde se quiser chegar
E facilita a vida.

Comunicar é preciso
Urgente e necessário.
Sem ela o nosso mundo
É meio desmantelado,
Um quebra-cabeça humano
Sem ter o povo informado.


Rita Rozineide do Vale do PA Santa Agostinha.      

terça-feira, 13 de novembro de 2012

AGRICULTORES E AGRICULTORAS DE CARAUBAS DIZEM NÃO A CISTERNA DE PLASTICO.




No dia 31 de outubro, à tarde, agricultores cadastrados para receber cisternas através da FUNASA, se reuniram no auditório do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Caraúbas para definir procedimentos para o recebimento das cisternas.
O Prefeito Municipal Alcivan Viana informou que está disponibilizado 244 cisternas de plástico para o município de Caraúbas. Um resultado da articulação da Prefeitura Municipal junto a FUNASA.
 Os agricultores fizeram e assinaram um documento que expõe a vontade e necessidade dos agricultores em receber a cisterna de placa e não de plástico que segundo os agricultores as cisternas de plástico não atende a necessidade, devido a pouca durabilidade, em detrimento de causar problemas à saúde humana, como também, em função do elevado custo em comparado a cisterna de placa, que tem  eficiência comprovada.


Acesse e saiba mais:

G1 - Calor provoca defeito em cisternas de plástico

g1.globo.com

ASA Brasil – Cisternas de plástico custam mais que o dobro das ...

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

BNB APODI ENCERRA RECEBIMENTO DE PROPOSTAS DO CRÉDITO ESTIAGEM DIA 20 DE NOVEMBRO.

O  Banco do Nordeste, agência de Apodi, estará recebendo propostas para contratação pelo Crédito Estiagem até o próximo dia 20 de novembro. Em virtude disto solicitamos as pessoas abaixo relacionadas à comparecem na sede da ATOS. 

ALICE MARIA DOS SANTOS
CACIO MURILO FERNADES MAIA
FRANCISCO DAS CHAGAS DA COSTA
FRAN ISCO ARAUJO DOS SANTOS
GILVAN CARLOS PESSOAS
JOAO BELQUIOR GOULAR MARQUES
INACIO DIAS BEZERRA
JOAO DANTAS FILHO
JOAO FERNANDES DE MELO
JOSE FRANCISCO NETO
JOSE FRANCISCO DE SOUZA
MARIA AIRANILDE DE OLIVEIRA
ROBERTO ABEL DA SILVA
RAIMUNDO FRANCISCO DA SILVA
RAIMUNDO FERREIRA DE LIMA
RAIMUNDO FERNANDES DE MELO
SILVIO SALES
HILARIO DE SOUZA NETO
RAIMUNDO NONATO DE BRITO
EVERTON MEDEIROS
FRANCISCO FERNANDES PIMENTA
ATNONIO SIMPLICIO DE SOUZA
ANTONIO PEREIRA DA SILVA
FRANCISCO RODRIGUES NETO – P A URSULINA
ANTONIO SALES DE OLIVEIRA – P A URSULINA
VALCIMAR VALENTIM VIEIRA – 08 DE MARÇO
ANTONIO FERNANDES DE OLIVEIRA
ANTONIO ALDO DE OLIVEIRA
ANTONIO AMERICO DA SILVA FILHO
ANTONIO FRANCISCO SOARES
BENEDITA MARIA DA COSTA
ERIONALDO COSTA
FRANCISCO RODRIGUES SOBRINHO
FRANCISCO SALES DE OLIVEIRA
JOAO DA SILVA GOMES
JOSE WILTON CAVALCANTE DO NASCIMENTO
JULIA FERNANDES DE HOLANDA NOGUEIRA
JULIMAR DILGENIR FERNANDES
LINDEMBERG JOAO DO NASCIMENTO
LINDEMBERG BATISTA DE OLIVEIRA
MANOEL FRANCISCO DE OLIVEIRA FILHO
NATANAEL FELIPE DE PAIVA
NIVALTO FRANCISCO DA SILVA
LINDIVALSON DE PAIVA OLIVEIRA
THOMÉ LEANDRO
VALDETARIO DA SILVA LOBO
JOSE ARAUJO
ANTONIO  IVAN

sábado, 10 de novembro de 2012

COMUNIDADES INICIAM PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA 2012



Comunidades atendidas pelo Projeto Dom Helder Câmara, através da Assessoria da ATOS, iniciam hoje, dia 10 de novembro, a realização do planejamento das ações a serem realizadas no ano 2013. A programação foi feita ontem, pela manhã, na Sede da ATOS e contou com a presença da Supervisora do PDHC no Território Sertão do Apodi Ana Paula Oliveira, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caraúbas, Mobilizadores sociais, Equipe Técnica da ATOS e representantes das Associações Comunitárias de: Pedra II,  P A Petrolina, Glênio Sá, Morada Nova II, Galho do Angico, P A Nova Morada, Sombras Grandes e Milagres, P A Santa Agostinha e P A Cachoeirinha do município de Caraúbas, bem como, as lideranças da Comunidade de Brejinho e São Geraldo, no município de Olho D’água dos Borges;

Segue Agenda:

- Caraúbas
- Comunidade Galho do Angico        dia 10/11 Horário: Tarde
- Comunidade P A Petrolina            dia 11/11 Horário: manhã
- Comunidade  Pedra II                    dia 11/11  Horário: manhã
- Comunidade  P A Glênio Sá          dia 12/11  Horário manhã
- Comunidade P A Nova Morada       dia 12/11 Horário: Tarde
- Comunidade P A Cachoeirinha       dia 16/11 Horário: Tarde

- Olho D’água dos Borges
- Comunidade Brejinho,                     dia 16/11 Horário: Tarde
- Comunidade São Geraldo                dia 10/11 Horário: Tarde

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

CONTROLE O ATAQUE DE PRAGAS COM DEFENSIVOS NATURAIS



Receita indicada no controle da mosca branca, pulgão, lagartas.

INGREDIENTES:
1 kg de folha de nim indiano
1 kg de folha de pinha
1 kg de maniçoba
02 colheres de sabão em pó ou sabão em barra picado

PREPARO:
Triturar juntas as folhas de nim, pinha e maniçoba. Depois dissolva a pasta das folhas em 02 litros de água. Deixe descansar por 24 horas. Coe e armazene em um vasilhame escuro (verde, azul, preto).

APLICAÇÃO:
Para 20 litros de água, colocar 200ml (copo americano) do produto. A aplicação deve ser nas horas frias. Deve-se aplicar uma vez por semana.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

BANCO DO NORDESTE: FNE ITINERANTE 2012

Esta ação é uma oportunidade para fortaleçer o comércio local, através da oferta de financiamentos.
Procure também a ATOS para elaborar o seu projeto.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A MENINA E AS ABELHAS: UMA HISTÓRIA DO SERTÃO POTIGUAR

 Jaandra Felipe de Souza é daquelas jovens opiniosas que sabem o que querem. Aos 23 anos de idade e com o segundo grau completo, decidiu que seria apicultora. Para isso, precisou começar cedo e trabalhar muito. Hoje, com colméias espalhadas em sua propriedade e na terra da avó, com quem mora, está realizada e progredindo.
Tudo começou em 2010, quando Jaandra decidiu a acompanhar o agricultor, Raimundo Filho, marido de sua prima Tatiane, na captura de abelhas na mata. Apicultor experimentado, ele precisava de companhia para o trabalho e ela se ofereceu para ajudar.
 Logo tomou gosto pela função e aprendeu rápido a lidar com os enxames. Depois disso, resolveu se tornar uma criadora também.
A primeira atitude foi comprar colméias. Para isso, combinou com a irmã, Gilmara, de venderem uma vaca que tinham ganhado de presente do pai, Damião. Como a rês tinha uma cria não foi difícil o negócio. Jaandra vendeu a vaca e deixou o outro animal com a irmã. Assim montou seu primeiro apiário com dez colméias, compradas do amigo Filho, todas já com abelhas.
 Não durou um ano, para Jaandra começar a ver resultado. Como o inverno tinha sido bom, colheu mel da maioria das colméias. Com o dinheiro em mãos, não pensou duas vezes: comprou mais colméias e algumas galinhas para o terreiro. Assim que as aves aumentaram, também as vendeu para comprar mais colméias.
Não satisfeita, trocou um porco que tinha ganhado da tia Maria das Chagas em mais caixas para abelhas. No ano seguinte, ela já tirou mel de 15 colméias. Aí continuou mexendo e comprando mais equipamentos, sendo que hoje está com 26 colméias produzindo.
Jaandra não tem dificuldade de comprar as colméias porque seu amigo Filho as produz para vender na região e negocia com ela. Eles são vizinhos.
Moram na mesma propriedade de dona Cristina, avó dela e da prima, Tatiana, casada com Filho. Uma parte das colméias de Jaandra está nesse terreno, de uns dez hectares, e a outra na terrinha que ganhou dos pais que decidiram anteciparem a herança. É um pedacinho de menos de cinco hectares. As duas terras ficam localizadas no sítio Cabo, na comunidade de Cachoeira, zona rural de Caraúbas (RN).
Dona Cristina, sua avó, diz que acha bonita a disposição da neta para o trabalho. Ela até se admira da jovem ter a mesma disposição dos homens da família. Dona Cristina só se preocupa quando Jaandra sai sozinha para o mato para caçar enxames.
 Isso porque uma vez ela deu um grande susto. Era mais ou menos meio dia, quando saiu acompanhada de um vizinho para tirar uma abelha perto de casa. O enxame muito bravo e o sol muito quente derrotou os dois que chegaram em casa passando mal. Foi um grande aperreio para todos da casa de dona Cristina porque Jaandra até desmaiou.
Mas nada disso assusta a jovem trabalhadora. A sua meta é alcançar 50 colméias produzindo e viver somente disso, tendo pouco trabalho e preocupação. Na opinião dela, ao contrário de uma vaca que precisa de alguém para dar de comer todo dia, as abelhas sabem se virar sozinhas e dão mais retorno. Segundo Jaandra, se tivesse uma vaca, ela estaria comendo o que as abelhas estão produzindo.
 Sua mãe, dona Jucilene, também apóia as atitudes da filha. Ela disse que Jaandra pensa nas abelhas o dia todo, tanto que, de vez enquando, vai a seu terreiro e pega emprestada uma galinha ou um frango para trocar por colméias.
Solteira, Jaandra aproveita bem a sua juventude. Uma de suas atividades preferidas é jogar futebol com as amigas da comunidade. Além de criar abelha, ela pretende se preparar para a faculdade já que em sua cidade acaba de ser implantado um Campus da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).






segunda-feira, 5 de novembro de 2012

BANCO DO NORDESTE ASSUME COMPROMISSOS PARA AGILIZAR A CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS EMERGENCIAIS.


Durante a manhã, desta segunda-feira, dia 05 de novembro, na sede da agência do Banco Nordeste da cidade de Mossoró. A direção do Banco do Nordeste reuniu-se com agricultores e agricultoras, lideranças sindicais e entidades elaboradoras de projetos, para responder a pauta reivindicatória emitida pela FETARN – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado do Rio Grande do Norte, que solicita ações para agilização da contratação e liberação dos recursos referentes aos Projetos Estiagem 2012, para as agências de Mossoró, Assu, Apodi e Pau dos Ferros.

Segue alguns compromissos assumidos em relação à Agência de Apodi:
- Será disponibilizado mais um analista.
- Os aditivos serão assinados, no prazo máximo de até 15 dias da data da solicitação da prorrogação da parcela.
- Até o dia 20 de novembro, todos os projetos que estão na agência de Apodi serão analisados. Demanda atual apresentada na reunião é de 210 projetos que estão em estoque no Banco.
- Os recursos dos projetos serão liberados, no prazo máximo de até 10 dias após a assinatura dos contratos. 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

SEU ABEL: O GUARDADOR DE SEMENTES


Seu Antônio Abel da Silva tem 56 anos e é casado com dona Luzia Felício de
Sena Silva. O casal teve seis filhos e uma penca de netos. Alguns moram na
casa deles e outros nas redondezas, mas estão sempre lá. Eles moram na
comunidade de Pedra 2, distante seis quilômetros de Caraúbas, cidade
situada na região Oeste do Rio Grande do Norte, no semiárido brasileiro.

Desde os oito anos de idade seu Antônio Abel trabalha na agricultura e há pelo
menos 40 anos, aprendeu com o seu pai, Cirilo Abel da Silva, já falecido, a
guardar as melhores sementes da safra pra plantar no inverno seguinte. Essas
sementes, guardadas de um ano para o outro, são chamadas de "sementes
crioulas".
 Essa prática está desaparecendo, mas era muito comum antigamente. Seu Abel conta que fazendo a seleção das melhores sementes o agricultor garante sempre ter o melhor plantio e uma melhor safra. Hoje, seu Abel vive num pequeno terreno de 7 hectares, onde trabalha com sua família. Mas nem sempre foi assim. Sua juventude foi trabalhar para os outros junto' com os pais, que viviam como moradores das terras alheias. Ele conta que a situação era difícil, trabalhando todo dia, tirando uma diária que só dava para comer.

Quando ele se casou, aos 19 anos, saiu da casa dos pais e foi morar no terreno do sogro. Lá, construiu urna casinha de taipa para viver com dona Luzia e começou a plantar um
pedacinho de terra. Uma das primeiras coisas que ele fez foi trazer seus pais para perto, para manter a família junta, assim, ficava mais fácil se ajudarem no dia a dia e também no trabalho.

Muito tempo depois, ele começou a juntar umas coisinhas e um dinheirinho e, com muita peleja, construiu de próprio punho, uma casinha na cidade. Ele nunca teve interesse de
morar em Caraúbas, mas sabia que o patrimônio era importante. Então, um dia, surgiu a oportunidade que sempre sonhou: ter o seu pedaço de terra. Próximo a sua, casa, um vizinho estava vendendo uma área de 7 hectares por um valor razoável.
 Seu Antônio Abel não tinha o dinheiro, mas conseguiu quem comprasse a sua casa da cidade,
juntou mais algum dinheiro e pagou o terreno a vista, A área, além de pequena, estava
abandonada, mas (isso não foi problema para o agricultor, que juntou a família e, em pouco tempo, cercou e organizou tudo.

Aproveitando seus conhecimentos na arte de pedreiro, ele foi construindo aos poucos sua
casinha que hoje tem espaço pra todo mundo, um grande armazém e até um alpendre para as boas conversas de Domingo.

Seu Antônio diz que sempre foi apaixonado pela agricultura, embora seja um trabalho sofrido para o pequeno, Seus filhos seguem o mesmo caminho e os que não vivem com ele, moram num assentamento da reforma agrária, próximo à sua casa. A única coisa que seu Antônio Abel reclama é da falta de água na região, mesmo estando entre duas grandes barragens, a de Santa Cruz, no município de Apodi e a de Umari, no município de Upanema. Ele acha que essa água deveria ser distribuída para os agricultores poderem trabalhar.

Dona Luzia Felício também é uma grande trabalhadora rural. Ela faz parte de um grupo de mulheres da comunidade de Pedra 2, que cultiva hortas orgânicas. Como o projeto é novo, ainda não tiveram como guardar as sementes, mas ela conta que esse é um dos planos do projeto. 
 Assim como essas mulheres, seu Antônio também não usa veneno para produzir e há muito tempo, deixou de queimar a terra para plantar. Uma das coisas que o faz manter a tradição de guardar suas próprias sementes é justamente por saber que não têm agrotóxico.

Com as últimas grandes secas, muita semente foi perdida, mas ele ainda tem guardado um pouquinho de semente de feijão, milho; jerimum, sorgo, melancia, castanha de caju e mantém em seu quintal algumas ramas de batata e macaxeira. Seu Abel faz isso para não ficar dependendo do governo que sempre chega depois das melhores chuvas.

Embora acredite. muito em sua agricultura, seu Antônio Abel orienta os amigos a sempre ouvirem o pessoal da assistência técnica. Ele não reclama das dificuldades e acha que muita. gente não  está aproveitando as ajudas que chegam. "O governo e a assistência técnica ajudam, mas é preciso que o povo queira trabalhar pra poder dar certo", conta seu
Antônio.
 A luta desse agricultor ainda não acabou, mas ele se vê como alguém que venceu as dificuldades antigas Cuidadoso com o que faz, está sempre aproveitando o que sabe para melhorar sua vida e a vida da família.
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O ACESSO A TERRA DAS FAMÍLIAS DE GLÊNIO SÁ



O acesso à  terra própria é um sonho para muitas famílias  nordestinas, mas  uma  realidade  para aqueles  que  têm  coragem  de  trabalhar  e
procuram  se  associar.   O  projeto  de assentamento  Glênio  Sá,  na  zona  rural  de Caraúbas,  no  semi-árido  do  Rio  Grande  do Norte, é um exemplo de como a união garante terra mesmo para quem se considera pequeno.
 A luta pelo assentamento Glênio Sá começou em 2003  



Tudo começou em 2003, com os primos Antônio Carlos  e  Josivan  Antônio  da  Silva.  Eles moravam  com  os  pais  nas  terras  que  um  dia foram  dos  avôs.  Pequenas  propriedades  de pouco mais de 20 hectares numa região seca.
Antônio  Carlos  tinha  o  sonho  de  um  dia conquistar seu próprio pedaço. No caminho do município de Campo Grande, a 30 quilômetros de Caraúbas, um terra grande e improdutiva sempre chamava a sua atenção. Foi esse sonho que o levou a conhecer o Crédito Fundiário, do governo  federal. O programa oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento.



Primos Josivan e Antônio Carlos que começaram a luta
Nessa época, dois ou  três assentamentos começavam a se  formar nesse sistema. Foi aí que Antônio Carlos e Josivan decidiram formar uma associação. Não foi difícil juntar 20 pessoas, praticamente todos  da  família,  que  viviam  nas  mesmas  terras  de  herança  ou  já  trabalhando  para  outros proprietários.

O  processo  da  compra  da  terra  começou  em 2003, com apoio técnico da ATOS (Assessoria, Consultoria  e Capacitação Técnica Orientada Sustentável), que ajudou a fundar a Associação Rural de Desenvolvimento Sustentável Glênio Sá. Mas, devido a problema com documentação de uma associada o processo se arrastou por três anos, só sendo concluído em 2006.


A  terra  de  pouco  mais  de  800  hectares  foi dividida em partes iguais para os 20 sócios, que ficaram com 43 hectares cada. Ao todo, foram liberados 360 mil reais para todas as famílias. 190 mil foi para pagar a terra e 170 mil reais a
fundo  perdido  para  implantação  de  casas, cercas  e  patrocinar  outros  projetos.  Assim todo ano, eles precisam depositar uma parcela
de R$ 9.300  (nove mil e  trezentos  reais) ou pouco mais de R$ 400  (quatrocentos  reais) por ano,  com  os  descontos  que  chegam  a  50%
(cinqüenta  por  cento)  do  valor  da  parcela anual.

Antônio Carlos disse que no começo não  foi fácil. A falta de experiência e de condições nos primeiros dois anos  fez gerar muitos conflitos e duas pessoas desistiram, sendo substituídas. Mas,  logo  que  tudo  foi  regularizado  e  eles
tiveram  acesso  ao  Programa  Nacional  de Fortalecimento  da  Agricultura  Familiar (Pronaf),  tudo começou a melhorar.


Rita Ferreira lembra que quando foi morar na propriedade ainda não tinha energia elétrica em casa, mesmo assim resistiu na  luz da  lamparina. Hoje, quando vê suas vaquinhas, as galinhas, a carroça e os projetos coletivos, sabe que valeu a pena cada esforço. O mesmo viveu dona Rita Gomes. Viúva, quase não consegue ser aceita na associação, mas provou que tem tanto braço e disposição quanto os homens para  fazer a área produzir, ainda que com  três  filhos menores. Plantando com seu pai, que tem um  lote ao  lado do seu, colheu, só neste ano, sete  tambores de  feijão.

 
 Rita Gomes conquistou sozinha a terra com três filhos pequenos
Os homens  iniciaram um projeto de criação de caprinos e as mulheres montaram uma horta coletiva, cujo excedente é vendido na Feira da Agricultura Familiar de Caraúbas. Os agricultores e agriculturas também  trabalham  com  apicultura,  cajueiro,  criação  de  pequenos  animais  e  esperam  ainda  a
implantação de um projeto de beneficiamento de polpa e criação de peixe em  tanques-rede no pequeno açude da  localidade.

Além  de  ter  onde  produzir,  as  famílias  de Glênio    aprenderam  a  valorizar  a  terra, priorizando  a  produção  agroecológica  e, principalmente,  a  soberania  alimentar.  Seu Edilson José Gomes, por exemplo,  tem uma
horta no  terreiro da  frente de cada. De  lá ele  tira tomate, pimentão, pimentinha e vários outros temperos que servem para seu alimento e dos
vizinhos.

As  famílias  de  Glênio    ainda  têm  muitas dificuldades  para  vencer,  mas  no  que depender da vontade, do esforço e do  trabalho, nunca  vai  faltar  nada  para  eles  continuarem vivendo a  tranqüilidade da  terra própria.